quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Nessa vila tem pedal"

É assim que se descreve o blog do "Pedal da Vila Madalena" e, tendo participado da experiência de pedalar pela incrível noite paulistana, eu posso soltar um "ou não". Calma, você vai entender.

Você, caríssimo discípulo, bem sabe da minha antiga fissura recém concretizada por essa arte do ciclismo, né? Ciclista de duas voltas no quarteirão, ciclista de infância, no máximo, ciclista de spinning, mas, agora, uma ciclista de verdade e, ainda, noturna, raw!

Sempre achei a maior curtição da vida assistir do bar os descolados de SP perambulando pela cidade em suas bikes... Olha, ser um deles foi MUITO mais curtição!

Pra começar é noite e, ainda que eu AME o dia, tenho a mais plena certeza de que São Paulo nasceu pra noite, depois das 22 hrs tudo muda e a cidade fica, enfim, "vivível", gostosa, com um barulhinho bom e linda, especialmente se vista da minha varanda.

E lá fomos nós, eu e minha querida discípula e amiga Desiree... Equipadíssimas, as duas de bike nova, banco de gel, capacete novo, luvinha, farol traseiro, uau, com certeza a gente ia AHAZAR!

É, não foi beeeem assim.

Pra começar, eu: RETARDATÁRIA! Depois de 4 meses de academia, 1 mês SUPER fiel, 5 vezes por semana batendo cartão, 5k diários, (quase) 5 kgs perdidos: Eu não conseguia subir nem uma inclinação de 5 graus, até a descida era um esforço. O caminho da minha casa até o ponto de encontro dos bikers (que tem uns 10 quarteirões de distância) já me deixou ofegante. WTF?

Pensei, ah, é a subidinha da Mourato, agora que é linha reta vai ser sussa. Nada, eu era a mais suada, a mais vermelha, a única respirando pela boca para andar na República do Líbano que é totalmente PLANA. Mel Dels!

Chegamos no Ibirapuera, meu coração já pulando pela boca e nem metade do circuito cumprido, fomos brincar de dar voltinhas na ciclovia, oh céus, felizmente tinha a opção de parar pra descansar.

Parei. Meu coração batia até no joelho, sério mesmo, eu devo ter usado cerca de 110% da minha capacidade cardíaca. Me senti um cocô, um grande cocô gordo e pesado que impede uma bicicleta de se mover.

Deitei no banquinho, bebi uma água e um dos guias veio me acalmar, falar que é sempre assim no começo e tal, que ele também começou devagar. Entendi, mas não curti NEM UM POUCO ser a retardatária da vez.

Aí, um dos guias falou que meu pneu não tava rodando direito, resolveu dar uma levantadinha na minha bike e rodar meu pneu, ele não se movia, ESTÁTICO. Um parafusinho de alguma coisa que comanda o freio tava frouxo e a minha bike ficou TRAVADA o caminho TODO.

O pessoal do grupo SUPER solícito e atencioso arrumou minha bike ("de grátis")e, quando me deram a bike de volta pra eu testar, minha vida mudou, meu mundo mudou, meu universo mudou e minha perna parou de tremer. Minha bike ANDAVA! \O/

Óbvio que, para mostrar que não sou uma mera retardatária, vim a volta toda com o grupo da frente, a vanguarda, há! Meu condicionamento está condicionado! Ufa!

E, enquanto eu disparaaava rumo ao pódio, uma paradinha, problema no pedal de uma "mina". Tinham várias minas, então, não me preocupei. Começou a demorar. Fiquei curiosa, dei meia volta e fui checar se minha desconfiança estava certa: sim, a mina era a minha amiga!

Não era só um problema no pedal, como CAIU o pedal dela no meio do caminho, oi???

Nisso eu vi que os bikers são praticamente um grupo de auto ajuda, que pra eles não tem tempo ruim, eles cuidam do grupo todo, mesmo. Mais uma vez, pacientemente, resolveram o problema, só pediram pra Deisy ir devagar.

Aí, disparei rumo ao pódio mais uma vez enquanto a De ficou no grupo dos retardatários (ME VINGUEI).

Cruzada a linha de chegada e nada dela aparecer, adivinha o porquê? Caiu o outro pedal!

Ok, eu tinha sido a zoada da noite, mas ela conseguiu me superar. Mas é MUITA competitividade, não? rs

E a pessoa ainda zoa a minha camiseta que ficou levemente manchada pela mochila nota 1000 que mami me deu, cara de pau. ¬¬


Depois das risadas, do sarro que tiraram da gente e dessa noite épica, terminamos exaustas, com o pedal na mão,

comendo um lanche (natural, calma) com nossa nova tchurma de melhores amigos de infância, paquerando o Rafinha Bastos.


3ª que vem, se nos aceitarem, tem mais (com menos emoção, por favor)!

Por hoje, chega!

5 comentários:

  1. Adorei! hahahaha me acabei de rir aqui (mesmo sem poder!)

    e que diabos é isso com a sua mochila? solta tinta? hehehe

    que legal Mari, parabéns pelo seu esforço, não me canso de falar que vc é mara

    o blog tá demais
    :*

    ResponderExcluir
  2. Oi Mari estou adorando as suas postagens e como a Mayara virei sua seguidora!!!!!!!! Parabéns, vamos todas juntas lutar por um bem maior e quem sabe colocarmos também um lindo biquine branco... Bjim

    ResponderExcluir
  3. Muito bom, não desista adorei sua história. E pelo que conheço o pessoal do PVM eles também não te deixarão esquecer tão cedo.

    ResponderExcluir
  4. Eba, novos e novos seguidores (Monica, de vc eu ja sabia!)!
    O PVM em peso aqui no blog, que coisa linda, que maravilha!
    Obrigada pelo apoio, people! ;)

    ResponderExcluir
  5. meu, esse cara é mto grandeee!!!

    ResponderExcluir